quarta-feira, 29 de abril de 2009

2009 - O Animal Mais Forte do Mundo


O Animal Mais Forte do Mundo é a sétima obra criada por Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira, sendo a segunda parte da trilogia que teve início em 2008, com O Nome Científico da Formiga. Cada obra da trilogia tem características próprias, mas o processo de pesquisa de linguagem da dupla permanece o mesmo. Desta vez, foram reunidas 1800 fotos dos processos de criação que resultaram nas obras anteriores do seu repertório. São imagens de Somtir (2003), Outras Formas (2004), Como? (2005) e Clandestino (2006), que foram retrabalhadas com a proposta de reciclar os materiais originais destas coreografias em uma nova colagem. O Animal Mais Forte do Mundo buscou aprofundar o processo com as fotografias focando na exploração dos volumes para os movimentos e, nesse sentido, tornou-se indispensável trabalhar com um elenco. Nesta etapa do processo, Ângelo e Ana Catarina buscaram dar mais visibilidade para as danças da cultura popular que povoam a sua pesquisa de linguagem. Há uma brincadeira intencional com a cultura popular de esconde-e-aparece que está presente na trilha, na coreografia, e no figurino.O Animal Mais Forte do Mundo propõe algumas questões sobre o lugar do forte e da força da sobrevivência. Mais uma vez, a direção é de Fernando Faro – criador e diretor de programas da TV Cultura como MPB Especial e Ensaio, e de artistas como Paulinho da Viola, Vinicius e Toquinho, Chico Buarque, Milton Nascimento, Elis Regina, Martinho da Vila e João Gilberto, entre outros. A escolha do elenco de O Animal Mais Forte do Mundo foi um processo minucioso pois nosso interesse maior era o de trabalhar com a mestiçagem, daí a necessidade de reunir artistas com diferentes formações”, explicam Ângelo e Ana Catarina. “E também sentíamos que era o momento de testar a linguagem que estamos desenvolvendo em outros corpos”. Com esses objetivos, o elenco foi formado por Ana Noronha, Luiz Anastacio, Carolina Coelho e Eduardo Fukushima. A obra conta com a colaboração de Juliana Augusta Vieira na iluminação e figurinos. Nela, aprofunda a sua pesquisa sobre iluminação cenográfica para dança. Quanto aos figurinos, foram sendo criados juntamente com a montagem.O branco dos figurinos da primeira parte da trilogia, O Nome Científico da Formiga, foi transformado pela passagem do tempo e pela natureza das situações vividas. A montagem desta obra contou com apoio e realização do Programa de Fomento à Dança do Município da Cidade de São Paulo e do SESC São Paulo, DEC, Televisão Cultura, Crisantempo/Gisela Moreau, Galeria Olido, Cooperativa Paulista de Teatro e Espaço Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira.

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